Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 17
Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.
Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
113. Como era
feita a doutrinação dos desencarnados antes do advento do Espiritismo na Terra?
Essa tarefa era feita diretamente
pelos Benfeitores Espirituais, da mesma forma como hoje é realizada nos Núcleos
cristãos restaurados. Dia virá, porém, em que labores desse gênero se tornarão
naturais e conscientes, facultando às criaturas humanas o saudável e contínuo
intercâmbio com o mundo espiritual sem as barreiras que a ignorância das Leis
da Vida impõe. (Sexo e Obsessão, capítulo 19: Liberdade e vida.)
114. Com a
libertação do marquês de Sade, quem passaria a governar a cidade perversa?
O marquês de Sade nunca foi o
governante da cidade perversa, que é, em verdade, comandada por célebre
imperador romano, que se entregou a excessos de toda natureza, enquanto
deambulou pelo corpo. Renascendo em situações deploráveis, que lhe eram
impostas pela necessidade da evolução, manteve-se ele acumpliciado com alguns
algozes da Humanidade, sendo ele próprio, um impenitente tirano, sempre
insaciável de sangue, que se permitia toda sorte de hediondez, inclusive nos
desvarios sexuais. Foi, nesse período, que a sociedade do Império declinou, em
razão do abastardamento dos valores éticos, abrindo espaço para a decadência e
a desagregação dos costumes. Através dos séculos ergueu com outros infelizes
perturbadores da paz da sociedade os alicerces da infeliz cidade que ora
governava, tornando-a núcleo de punição para aqueles que lhes caem na sedução
ou reduto de prolongadas bacanais. (Obra citada, capítulo 20: A ruidosa
debandada.)
115. Ante o
assédio dos malfeitores desencarnados que cercaram a Instituição espírita, qual
foi a atitude de madre Clara de Jesus?
Madre Clara de Jesus orou rogando
o socorro divino. Sua voz, doce e vibrante, assinalada pela compaixão em favor
dos agressores, exteriorizava-se em música de amor, suplicando o auxílio do
Mestre Inconfundível e das Suas falanges abnegadas. Ainda não terminara a oração,
quando um volumoso jato de luz, mais iridescente que a claridade do amanhecer,
desceu de Regiões Elevadas e, dentro dele, numerosos Espíritos de semblante
grave chegaram, respondendo ao apelo da diretora preocupada. Eles lentamente
avançaram na direção dos visitantes perturbadores, que, percebendo-lhes a
superioridade moral e a força espiritual que irradiavam, em gritaria infrene
debandaram novamente, atropelando-se uns aos outros, enquanto as animálias
desorientadas tombavam umas sobre as outras, e a sombra densa que os
acompanhava era clareada pela exteriorização dos recém-chegados. (Obra citada,
capítulo 20: A ruidosa debandada.)
116. Madre Clara
de Jesus diz que os maus Espíritos, em sua ação nefasta, levam momentânea
vantagem sobre os Benfeitores espirituais. Como entender tal afirmação?
Ela assim se manifestou porque os
maus se utilizam de quaisquer recursos, mesmo os impróprios, enquanto os
recursos utilizados pelos Benfeitores são os do amor. É nesse sentido que eles
levam momentânea vantagem, em se considerando que os Benfeitores não se valem
de processos escusos e contam, invariavelmente, com a bênção do tempo e a
resolução da própria criatura a quem se dispõem a ajudar. Eles contam, porém,
sempre e sem cessar, com o auxílio do Mestre Jesus, como se viu na resposta
imediata dada à rogativa feita pela madre. (Obra citada, capítulo 20: A ruidosa
debandada.)
117. É correto
afirmar que o sexo tem sido um espinho cravado nas carnes da alma humana?
Sim. Esse é, por sinal, o pensamento
de madre Clara de Jesus. Segundo ela, gerações sucessivas de seres predispostos
ao progresso têm experimentado derrocada, em face das exigências mal
compreendidas do desejo e da utilização sexual. É por isso que o sexo,
perturbado vezes sem conta nas suas funções, responde por inúmeros destrambelhos
da emoção, da mente e do organismo, gerando consequências afligentes ao largo
das sucessivas reencarnações. (Obra citada, capítulo 20: A ruidosa debandada.)
118. Por que a
prece, quando fervorosa, faz bem?
Independentemente da resposta que
terá, a blandícia proporcionada pela oração, quando bem entendida pela criatura
humana, proporciona-lhe no seu exercício o reconforto e a coragem para todos os
momentos. Quando o ser humano ora, penetra nos arcanos espirituais e refaz-se,
adquirindo paz e enriquecendo-se de sabedoria, por estabelecer uma ponte de
vinculação com as fontes do conhecimento, de onde promanam os bens da
Imortalidade. (Obra citada, capítulo 21: Recomeço feliz.)
119. Mauro relatou
ao Sr. Bispo que sua mãe, falecida há quase cinco anos, lhe havia aparecido e
auxiliado contra a ação dos seres satânicos que tanto o atormentavam?
Sim. Eis como ele se expressou a
respeito do assunto: “Nesses momentos tenho visto minha mãe que, como sabe
Vossa Eminência, é falecida há quase cinco anos. Aparece-me no vigor da sua
juventude, tomada de profunda compaixão pelos meus atos ignóbeis, protege-me
dos seres satânicos, que a respeitam, como também me infunde ânimo para
prosseguir. Não fosse esse socorro propiciado pela Divindade e ter-me-ia
suicidado na mesma noite em que a professora Eutímia me surpreendeu com a
criança. A vergonha, o asco que de mim próprio senti, tomaram-me o espírito
fragilizado e uma voz terrível fazia repercutir no meu íntimo que o suicídio
seria a única solução para o meu miserável destino”. (Obra citada, capítulo 21:
Recomeço feliz.)
Observação:
Para acessar a parte 16 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/04/blog-post_10.html
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