No Invisível
Léon Denis
Parte 18
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do clássico No Invisível, de Léon Denis, cujo título no original francês é Dans l'Invisible.
Nossa expectativa é que este estudo sirva para o leitor
como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do
texto indicado para leitura.
Este estudo é publicado sempre às sextas-feiras.
Questões preliminares
A. É possível a manifestação de
uma pessoa viva, isto é, encarnada, por intermédio de um médium em transe?
B. Como é possível à alma de um
ser vivo manifestar-se em um lugar distante do local onde se encontra seu corpo
físico?
C. As manifestações da alma, seja
durante a vida corpórea, seja depois da morte do corpo, obedecem a uma mesma
lei?
Texto para
leitura
505. Os fantasmas dos vivos atuam sobre a matéria, abrem e
fecham portas, agitam campainhas, fazem ouvir acordes em pianos fechados,
impressionam animais domésticos, deixam sinais de mãos e dedos na poeira dos
móveis e, às vezes, mesmo comunicações escritas, que permanecem como uma
irrecusável prova de sua passagem. Os desdobramentos dos vivos têm sido
comprovados em todos os tempos.
506. Deles relata a História numerosos casos, firmados em
valiosos testemunhos. Tácito refere que Basilides apareceu a Vespasiano em um
templo de Alexandria, achando-se na ocasião retido pela enfermidade a muitas
léguas de distância. A mística cristã registra, como fatos miraculosos, casos
de bilocação ou bicorporeidade, em que facilmente reconhecemos fenômenos de
exteriorização. Santo Afonso de Liguóri foi canonizado por se ter mostrado
simultaneamente em dois lugares diferentes. Achando-se adormecido em Arienzo,
pôde assistir à morte do papa Clemente XIV, em Roma, e anunciou, ao despertar,
que acabava de ser testemunha desse acontecimento. O caso de Santo Antônio de
Pádua é célebre. Estando em Pádua a pregar, interrompeu-se de repente, em meio
do sermão, e adormeceu. Nesse mesmo instante, em Lisboa, seu pai, acusado
falsamente de homicídio, era conduzido ao suplício. Santo Antônio aparece,
demonstra a inocência de seu pai e faz conhecer o verdadeiro culpado.
507. Encontram-se numerosos fatos análogos na vida dos
santos, particularmente nas de Santo Ambrósio, São Francisco Xavier, São José
de Cupertino, Santa Maria d'Agreda, Santa Liduína, etc. O ser humano,
desprendido dos liames carnais pela prece, pelas elevadas aspirações e por uma
vida pura e sóbria, torna-se mais apto a exteriorizar-se. A possibilidade
dessas manifestações acha-se igualmente demonstrada pelas experiências dos
magnetizadores, como Du Potet, Deleuze, Billot, por Kerner, Perty, D'Assier, etc.
508. Convém notar que esses fenômenos não se produzem
somente durante o sono. Uma emoção violenta, certas enfermidades, a agonia e a
morte podem provocar o desprendimento psíquico. Camille Flammarion, em “O
Desconhecido e os Problemas Psíquicos”, cita 186 casos em que moribundos se
manifestam, a distância, falando, ou apenas visíveis.
509. Na Revue des Revues (resposta a Sannt-Saêns) o
ilustre astrônomo relata o seguinte fato: “Uma jovem, ao fim de sete anos de
afetuosas relações, se havia separado do homem que amava. Este se casou e ela
nunca mais teve notícias suas. Passaram-se alguns anos, quando, em uma noite de
abril de 1893, viu ela entrar em seu quarto uma forma humana que se aproximou e
sobre ela se debruçou. Sentiu então, nos lábios, com terror, o demorado beijo
de uma boca gelada. No dia seguinte, cerca de meio-dia, correndo a vista por um
jornal, leu a notícia do falecimento e dos funerais do que fora seu amante.”
510. Publicou o L'Éclair de 24 de novembro de 1908:
“O comandante de um navio de guerra inglês fazia um cruzeiro nos mares do Sul.
Estava, uma noite, encerrado em seu camarote, a fazer cálculos algébricos a
giz, no quadro-negro, e em dado momento sentou-se à mesa para anotar no canhoto
os resultados obtidos. Ao voltar-se, para ler no quadro a última equação, viu
de repente aparecer uma mão, com um vago começo de antebraço, tomar a esponja e
apagar as fórmulas. Ficou estupefato, imóvel. Uma figura, ao começo nebulosa e
indistinta, se tornou visível; era um homem, uniformizado, em quem reconheceu
um dos seus antigos companheiros de escola, oficial de Marinha como ele, e que
deixara de ver, havia muitos anos. Notou que estava envelhecido. A figura tomou
um pedaço de giz, escreveu uma latitude, uma longitude, e desapareceu.”
511. “O comandante, apenas dissipado o assombro que o
tomara, sai rapidamente do camarote, chama os seus oficiais e lhes refere o que
acabava de presenciar, mostrando-lhes as indicações inscritas no quadro e
fazendo-lhes notar que nunca escrevia, como ali estavam, os algarismos. Tomaram
nota da hora e data e, obedecendo a um mesmo sentimento, fizeram rumo a todo
vapor para o ponto do oceano indicado no quadro. Ao fim de cinco dias o
alcançaram e durante longas horas cruzaram nas imediações do lugar, situado em
pleno mar, a milhares de milhas de toda costa e fora das rotas de navegação.”
512. “Afinal, na manhã do sexto dia, perceberam ao longe
alguma coisa que flutuava, ponto negro no horizonte claro, em que se esgarçavam
as névoas matutinas. Ao alcançá-lo, verificaram ser uma jangada, feita de
tábuas apenas reunidas, à qual, sem víveres, sem água, à mercê do mais ligeiro
vento, se achavam agarrados três agonizantes – como o referiram quarenta e oito
horas mais tarde, quando puderam falar – únicos sobreviventes do naufrágio de
um grande navio que se tinha incendiado e soçobrado em pouco tempo. Era seu
comandante o oficial que aparecera diante do quadro-negro. O sinistro havia
ocorrido no ponto inscrito pelo fantasma e precisamente à hora em que este se
tinha manifestado. O capitão anotou o fato em seu diário de bordo. Pode sem
dúvida acreditar-se que ele próprio escrevera, inconscientemente, os algarismos
no quadro-negro. Mas é preciso então admitir que ele agiu sob a influência do
Espírito de seu antigo companheiro, que estava a morrer nas chamas e lhe
transmitiu a latitude e a longitude do lugar em que se produzia a catástrofe.”
513. Esses casos são múltiplos e jamais se poderia
explicá-los pela teoria da alucinação. Neles há relação de causa e efeito. A
morte coincide com as aparições e estas são demasiado numerosas para que se
possam considerar as coincidências como produto do acaso. As vozes que se ouvem
são de pessoas que se acham longe; as visões representam figuras conhecidas; as
roupas, verifica-se que são tais quais as que as pessoas vestiam na ocasião.
Particularidade digna de nota: cães e cavalos se mostram assustados e inquietos
à aproximação dos fenômenos, dos quais parece terem a visão ou o
pressentimento, muito tempo antes que sejam perceptíveis ao homem.
514. Os fenômenos devidos à exteriorização ou ação
extracorpórea da alma humana foram estudados com atenção e classificados por
Aksakof sob a denominação geral de animismo. Esse erudito observador quis
estabelecer uma distinção formal entre esses fatos e as manifestações dos
denominados mortos. Tal distinção, realmente, não existe; esses fatos, como
veremos adiante, são sempre idênticos quer antes, quer depois da morte. A alma
do homem pode, exatamente como a alma desencarnada, atuar sobre médiuns, ditar
comunicações, avisos, tanto por escrito como por meio de mesinhas, provocar
deslocamentos de objetos materiais, aparecer a grande distância de seu próprio
corpo e impressionar chapas fotográficas.
515. Allan Kardec consagrou um capítulo inteiro de “O Livro
dos Médiuns” aos estudos das aparições de vivos. Esses fenômenos, pois, não
eram ignorados pelos espíritas, como se tem pretendido, e Aksakof, em “Animismo
e Espiritismo”, apenas confirmou o que muito antes dele já havia sido
reconhecido.
516. Experiências mais recentes têm demonstrado a
possibilidade, para certos indivíduos, de se desdobrarem parcialmente, de
materializarem determinadas partes de sua forma fluídica e produzirem vários
fenômenos. Médiuns, como Eusápia Paladino e Eglinton, têm provocado, a muitos
metros de distância e sem contacto físico, o deslocamento de corpos inertes em
plena luz e deixado impressões de seus membros fluídicos em substâncias moles:
argila, parafina ou papel enegrecido ao fumo.
517. Não nos seria lícito deixar de mencionar ainda os
casos de incorporação de vivos no organismo de médiuns adormecidos. Esse gênero
de manifestações introduz quase sempre um elemento de confusão e erro nos
fenômenos de “transe” e é preciso uma experiência consumada para os não confundir
com as manifestações dos desencarnados. Com efeito, os vivos incorporados em um
organismo estranho nem sempre têm a noção perfeita de sua verdadeira situação.
518. Aqui está um exemplo que demonstra quanto é
necessário, no curso de tais experiências, ter sempre a máxima atenção: Durante
três anos consecutivos, pôde o Espírito de um vivo manifestar-se, por via de
incorporação, no grupo que dirigíamos em Tours, sem que o pudessem distinguir
dos Espíritos desencarnados que intervinham habitualmente em nossas sessões. Os
pormenores mais positivos nos eram, entretanto, por ele fornecidos acerca de
sua identidade. Dizia chamar-se B. e havia sido sacristão da vila de D., na
Sarthe. A voz arrastada, o gesto lento e fatigado, a atitude curvada
contrastavam com as atitudes e gestos próprios do médium e dos outros Espíritos
familiares. Nós o reconhecíamos logo às primeiras palavras proferidas. Punha-se
ele então a narrar por miúdo os menores incidentes de sua vida, as admoestações
do vigário, por motivo de sua preguiça e das bebedeiras que tomava, o mau
estado da igreja e dos paramentos confiados aos seus cuidados, e até suas
infrutíferas pesquisas no Espaço, a fim de encontrar a confirmação do que lhe
havia sido ensinado! – Tudo nele – propósitos, recordações, pesares – nos dava
a firme convicção de estarmos tratando com um desencarnado.
519. Não pequena foi por isso a surpresa que
experimentamos, quando um membro do nosso grupo, tendo ido à indicada região e
sido encarregado de proceder a uma pesquisa, nos informou que B. ainda
pertencia a este mundo. Tudo o que nos havia ele dito, era, ao demais, exato.
Nosso secretário o pôde ver e conversar com ele. Achando-se velho e cada vez
mais dado à preguiça e à embriaguez, tivera que abandonar suas funções. Todas
as noites, às primeiras horas, se deitava e adormecia profundamente. Podia
assim exteriorizar-se, transportar-se até junto de nós e incorporar-se em um
dos nossos médiuns, a quem o prendiam laços de afinidade cuja causa se nos
conservou sempre ignorada.
520. Pergunta-se como pode a alma dos vivos chegar a
produzir, durante o sono, fenômenos tão surpreendentes quão complexos. Em
certos casos as aparições, as materializações, exigem uma força considerável,
um profundo conhecimento do que chamaremos de química espiritual; e fica-se
maravilhado de que, apenas afastada de seu envoltório carnal, possa a alma
apreender as suas leis.
521. Parece que a energia necessária para produzir esses
fenômenos é haurida no corpo físico, a que se acha ligada a forma fantástica
por uma espécie de cordão fluídico, seja qual for a distância a que se
encontre. A existência desse laço é atestada pelos videntes e confirmada pelos
Espíritos. Tão sutil é ele que, a cada sensação um pouco viva que afete o corpo
material, a alma, bruscamente atraída, retoma posse deste imediatamente. Esse
ato constitui o despertar.
522. Convém não esquecer que o espírito dirige a matéria. A
alma dispõe, a seu talante, dos elementos imponderáveis da Natureza, com os
quais constrói, a princípio, o corpo fluídico, modelo estrutural do corpo
físico, e depois forma este com o auxílio dos elementos terrestres, que reúne e
assimila. Durante o sono normal, como no sono magnético, o laço que une os dois
corpos se afrouxa, sem se quebrar. Os dois invólucros ficam separados. Se, ao
afastar-se, o corpo fluídico absorve a necessária energia, pode condensar-se,
solidificar-se, atuar sobre a matéria, produzir sons, ruídos, tornar-se até
visível.
523. O grande motor em tudo isso é a vontade. Essa
faculdade é criadora; e o demonstram os fenômenos de sugestão, mediante os
quais a vontade interveniente pode ocasionar profundas modificações no corpo
humano. Assim, o Espírito, pela ação mental, pode imprimir à matéria sutil as
formas, os atributos, as aparências de trajos, de roupas que permitirão
reconhecê-lo. Além disso, na maioria dos casos, o manifestante é assistido por
amigos invisíveis, como evidentemente o prova a intervenção do Espírito John
King nas sessões de Eusápia, e Abdullah nas de Eglinton, etc. Os habitantes do
Espaço em geral possuem experiência e conhecimento mais extenso das coisas
desse meio. Grande é a sua força de vontade e eles podem auxiliar eficazmente a
produção de certos fatos telepáticos, que o manifestante não seria capaz de
realizar sem o concurso deles.
524. Todos os fenômenos que acabamos de descrever pertencem
ao domínio das observações. Podem-lhes ser, entretanto, acrescentados fatos de
experiência, provocados voluntariamente, e que permitem verificar
simultaneamente a presença do corpo material e a do duplo fluídico da alma em
dois lugares diferentes. Aí já não há que recorrer ao acaso nem a coincidências
fortuitas. O resultado a obter, previamente indicado pelo experimentador, é
alcançado mediante processos e em condições que desafiam toda crítica.
525. São numerosos esses fatos, dentre os quais indicaremos
os seguintes:
a.) O Sr. Desmond-Fitz-Gérald, engenheiro, tomou parte em
uma experiência decisiva. O Espírito de uma jovem, exteriorizado durante o
sono, foi enviado à sua casa e aí se materializou. Sua presença foi reconhecida
por diversas pessoas, uma das quais se sentiu tocar pelo fantasma, o que lhe
produziu um grande terror. É uma
experiência de desdobramento com resultado positivo.
b.) A Sra. De Morgan, esposa do professor a quem se deve a obra
intitulada “From Matter to Spirit”, hipnotiza uma senhorita e ordena ao seu
duplo exteriorizado que vá bater à porta da rua. As pancadas foram ouvidas por
várias pessoas, que abriram imediatamente aquela porta e verificaram que a rua
se achava deserta.
526. Podem-se encontrar em certas obras e revistas
numerosos casos em que pessoas vivas, evocadas durante o sono, vêm dar,
utilizando-se de médiuns, comunicações que encerram provas de identidade. A
esses fatos acrescentaremos os de reproduções fotográficas de duplos ou
fantasmas de vivos exteriorizados. O testemunho é em tal caso irrecusável e
nenhuma ilusão é possível. Não se poderia suspeitar a chapa sensível de estar
sujeita a alucinações.
527. O professor Istrati, membro do Conselho de Ministros
da Romênia, concentrando a própria vontade antes de adormecer, pôde
exteriorizar-se, aparecer ao Doutor Hasden, senador romeno, a mais de 50
quilômetros de distância, e por ele se fazer fotografar em espírito. Na chapa
distingue-se a imagem fluídica do professor, encarando o obturador do aparelho.
528. Uma certeza resulta desse conjunto de fatos: é que a
alma humana, ao contrário do que pretendem os materialistas, não é uma
resultante do organismo, transitória como ele, uma função do cérebro, que se
aniquile por ocasião da morte, mas um ser em si mesmo real, independente dos
órgãos. Sua ação se pode exercer fora dos limites do corpo; a alma pode
transmitir a outros seres seus pensamentos, suas sensações, e mesmo
desdobrar-se e aparecer em sua forma fluídica. Sobranceira às leis do tempo e
do espaço, ela vê à distância e se transporta ao longe; lê no passado e pode
penetrar o futuro.
529. A existência da alma se revela, conseguintemente, por
fatos. O corpo não é uma condição indispensável de sua existência e, se a ele
se acha ligada durante a passagem terrestre, esse laço é apenas temporário.
Depois de sua separação do organismo físico ela continua a manifestar-se por
fenômenos de ordem espírita, cujo estudo fará o objeto dos capítulos que se vão
seguir.
530. O estudo da alma exteriorizada durante a vida nos
conduz, assim, ao estudo de suas manifestações depois da morte. As leis que
regem esses fenômenos são idênticas. A exteriorização não é mais que uma
preparação do Espírito para o estado de liberdade, para essa outra forma de
existência em que ele se encontra desembaraçado dos liames da matéria. (Continua
no próximo número.)
Respostas às
questões preliminares
A. É possível a manifestação de uma pessoa viva, isto é, encarnada, por
intermédio de um médium em transe?
Sim.
Mas esse gênero de manifestações introduz quase sempre um elemento de confusão
e erro nos fenômenos de “transe” e é preciso uma experiência consumada para os
não confundir com as manifestações de desencarnados. O motivo é que os vivos
incorporados em um organismo estranho nem sempre têm a noção perfeita de sua
verdadeira situação. Léon Denis relata nesta obra um caso que se passou com ele
próprio, quando, durante três anos consecutivos, o Espírito de um vivo
manifestou-se, por via de incorporação, no grupo que ele dirigia em Tours. Os
pormenores mais positivos foram fornecidos pelo Espírito acerca de sua identidade.
Dizia chamar-se B. e havia sido sacristão na vila de D., na Sarthe, e tudo nele
– propósitos, recordações, pesares – dava ao grupo a firme convicção de estar
tratando com um desencarnado. Não foi, pois, pequena a surpresa quando um
membro do grupo, tendo ido à indicada região a fim de proceder a uma pesquisa,
descobriu que B. ainda pertencia a este mundo. (No Invisível - O
Espiritismo experimental: Os fatos - XII - Exteriorização do ser humano.
Telepatia. Desdobramento. Os fantasmas dos vivos.)
B. Como é possível à alma de um ser vivo manifestar-se em um lugar
distante do local onde se encontra seu corpo físico?
A alma
se acha ligada ao corpo físico por uma espécie de cordão fluídico, seja qual
for a distância a que se encontre. A existência desse laço é atestada pelos
videntes e confirmada pelos Espíritos. Tão sutil é ele que, a cada sensação um
pouco viva que afete o corpo material, a alma, bruscamente atraída, retoma
posse deste imediatamente. Esse ato constitui o despertar. A alma dispõe, a seu
talante, dos elementos imponderáveis da Natureza, com os quais constrói, a
princípio, o corpo fluídico, modelo estrutural do corpo físico. Durante o sono
normal, como no sono magnético, o laço que une os dois corpos se afrouxa, sem
se quebrar, o que permite à alma afastar-se e ir aonde queira. (Obra citada - O
Espiritismo experimental: Os fatos - XII - Exteriorização do ser humano.
Telepatia. Desdobramento. Os fantasmas dos vivos.)
Sim. As leis que regem esses fenômenos são
idênticas. A exteriorização não é mais que uma preparação do Espírito para o
estado de liberdade, para essa outra forma de existência em que ele se encontra
desembaraçado dos liames da matéria. Em face disso, o estudo
da alma exteriorizada durante a vida nos conduz ao estudo de suas manifestações
depois da morte. (Obra citada - O Espiritismo experimental: Os fatos - XII -
Exteriorização do ser humano. Telepatia. Desdobramento. Os fantasmas dos
vivos.)
Observação:
Para acessar a Parte 17 deste estudo, publicada na
semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/05/no-invisivel-leon-denis-parte-17-damos.html
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